28 dezembro, 2010

Novo livro de Márcia Sanchez Luz


Editora Protexto lança Quero-te ao som do silêncio!, livro de sonetos de Márcia Sanchez Luz, prefaciado pelo jornalista Caio Martins e quarta capa com comentários de Leila Míccolis, Rogel Samuel, Graça Graúna, Marco Bastos, Jorge Sader Filho e Airo Zamoner.


"Márcia trata a forma poética como artesã, dominando materiais e ferramentas nos limites das potencialidades. Entalha e esculpe, pinta e tece sem esforços, lapida e compõe em ritmo impecável, como que em métrica de cadência sinfônica.

Há que ter, todavia, inteligência e sensibilidade para deles auferir dimensões humanas tênues e vitais, pois Márcia torna-se, pela límpida criatividade e autonomia, numa referência para quem vive significados intensamente.

E nos chega suavemente e sem alaridos, transcendendo a mera alegoria e revelando, aliciente e plena, até do mais corriqueiro, a Poesia. "Quero-te ao som do silêncio!" é um convite a partilhar desse encantamento."

Caio Martins

Capa: imagem do quadro "Despida de Gravidade", do artista plástico Gustavo Saba, gentilmente cedida pelo autor.

Para adquirir o livro, clique na capa ou acesse o site da Editora.

30 junho, 2010

Atitude


Poema seu é sempre completo, perfeito, lindo.
Rogel Samuel


Márcia,
Muito linda a sua "Atitude", a sua alternativa diante da vida! Sem banalidades, sem irracionalidades! Assim o pulsar das veias, assim a brisa, assim se ameniza a dor!
Muitos beijos,
Leninha


Belíssimo ritmo. Métrica impecável. Fecho de ouro. Tema instigante. Tudo resultou num soneto primoroso.
Um beijo
Parabéns!
Prossiga!
do amigo de sempre
Airo Zamoner


Márcia,
que sabedoria esta sua de não ficar agarrada a enroscos! Sem mencionar o domínio da forma, numa expressão solta, do jeito que se fala com as pessoas.
Bom de ler e bom de pensar depois.
Abraço da Aracéli.


Marcia,
Pessoas especiais, como você, jamais conseguirão falar ou escrever coisas banais ou casuais! Aplaudo, mais uma vez, um poema seu.
Abraço,
Gilia GerlinG


Márcia valoriza o soneto sem enfeitá-lo com firulas e lantejoulas, menos ainda metê-lo numa fôrma. Deixa que flua, sustenta o ritmo com delicadeza e deixa, às palavras, espaço para que se acomodem cúmplices, como que escondendo segredos. Em "Atitude", os de uma lição de vida.
Caio Martins


Márcia, adorei o poema. Faço minhas as palavras do Caio Martins sobre a tua poética.
Mas observe esses comentários:

"Não gosto de falar do que é banal
nem sei gostar do paladar imposto"

Pois é, Márcia, da cidade da banalidade a fofoca é a prefeita...

"Não gosto de falar do que é causal
se não puder sanar o mal exposto"

Melhor deixar esses tipos de assunto pra falarmos só com nossos Psicólogos; eles têm os métodos para trazer as causas à tona e ajudar a lidarmos com o mal que se expõe

"Na vida busco sempre alternativas
que me assegurem o pulsar das veias
e me garantam sobras, se à deriva"

Fora da exatidão da física, nem sempre a menor distância entre dois pontos é uma linha reta; na vida aventuramos por quebradas, estradinhas vicinais para chegarmos ao ponto desejado. Leva mais tempo, mas normalmente a paisagem é mais bonita

"Assim o vento chega como brisa,
a dor imensa fica suportável
e a causa do tormento se ameniza"

Taí a metáfora da grande meta dos homens de bem, sem ganância, que só almejam levar uma vida dígna, desfrutando das coisas simples e essenciais como a brisa, o calor humano: bálsamos que amenizam as dores.

Parabéns pelo belíssimo soneto repleto de filosofia & lirismo, Márcia
Beijão do Chico (
Assis de Mello)

01 junho, 2010

Homenagem de Humberto Rodrigues Neto


MÁRCIA:

O teu formoso rosto de mulher
é em tudo igual aos das imperatrizes,
e em cada verso teu faz-se mister
gozar do estro que nos faz felizes!

Perfeita nos quartetos e tercetos,
e a usar com todos de gestos corteses,
é impossível não ler os teus sonetos
por três, ou quatro, e até cinco vezes!

A essa alma pródiga de bens sobejos,
que faz dos belos dons um quase vicio,
expresso aqui meus sinceros desejos
de que hajas tido um feliz natalício!

Humberto Rodrigues Neto
Maio de 2010

20 abril, 2010

Caio Martins visita "O amor no sonho"


Márcia Sanchez Luz trata a forma poética como artesã dominando materiais e ferramentas nos limites das potencialidades. Entalha e esculpe, pinta e tece sem esforços, lapida e compõe em ritmo impecável, como que em métrica de cadência sinfônica.
A dura e rígida fôrma do soneto, em suas mãos, torna-se forma permeável fluindo delicadezas e suavidades no uso do idioma e sua abrangência.

De aí a eloquência do conteúdo libertar-se do "... laço – algoz e taciturno – que avilta, agride - ..." da mesmice e cada palavra, cuidadosamente eleita, chegar intensa e mansamente à alma, "flor que finge desapego". E de aí a universalidade - essência da arte gerada não para si mas para o mundo - não lhe negar jamais expressão em suas infinitas linguagens. Márcia transcende a mera alegoria e revela aliciente e plena, até do mais corriqueiro, a Poesia.

Caio Martins – jornalista, escritor e fotógrafo

03 março, 2010

Soneto de João Justiniano da Fonseca

LOUVAÇÃO A MÁRCIA LUZ
João Justiniano
02-03-010

“As armas e os barões assinalados”,
Do mundo inteiro, clássico e moderno,
Não dizem do mais belo e do mais terno
Melhor do que os sonetos bem criados.

Trabalha-os na lira, e, trabalhados,
Adorna-os de amor, e os põe, à externo,
Para que os apreciem o hodierno,
E os amem os amantes seus amados...

A poeta é feliz e em si se cria
O original mais belo à luz do dia,
Que transfere aos poetas seus irmãos.

Por isso, e só por isso unicamente,
Quisera desdobrar-me em fogo ardente,
Para louvá-la eu, por mil Joãos.